Nada
Bindu Upanishad
A sílaba Om considerada o
som primordial do universo, o princípio, meio e fim. Segundo o Mandukya
Upanishad, Om é aquele que existe,
que existiu e existirá sempre. O Om é tudo: está, ao mesmo tempo,
dentro e fora de tudo. É chamado na Índia por mátriká mantra, o
som original, mãe de todos os sons. É o mais conhecido de todos os bija
mantra, capaz de tocar a essência de Ishwara, o Supremo e infinito.
Entoado corretamente, tem o poder de estimular os vários corpos do Shiva.
Poucos, ao pronunciar ou escutar o mantra Om, conseguem ficar indiferentes.
Om é o símbolo de vários
ramos de yoga e do tantra. No ocidente é moda entre buscadores os adesivos,
camiseta e fotos do Om.
Naquele desenho que parece
o número 30. Om é uma sílaba constituída
por três letras: A,
U e M. As letras A e U
formam O, pronunciando-se Om. Essas três letras representam os três estados
de consciência humana: sono, sonho e vigília. A letra A
se relaciona com o estado desperto, quando se começa o som. U
representa todo estado sutil, o sonho; e M todo o mundo causal,
já que tudo se dissolve no M, no sono profundo.
O Om grafado é um yantra (símbolo). Somente
ao ser vocalizado torna-se um mantra.
Dentro do símbolo há ainda
os cinco elementos do universo — terra, fogo, ar, água e éter. Conforme o erudito hindu Pranavopanishad, o A é nirman (criação de tudo), é Brahma, o criador e a Terra. U é shiti (conservação do universo), é Vishnu, o preservador. O espaço M é pralaya (transformação do universo), é Shiva, o destruidor e a iluminação. Sendo o som mais completo, sua prática é absolutamente adequada ao Maithuna.